E B
Perguntei ao preto velho: por que chora meu herói
E
Preto velho respondeu: É meu coração que dói!
B
Eu já fui bom candeeiro, fui carreiro e fui peão,
E
Já derrubei muito mato e já lavrei muito chão
E A
Com carinho carreguei os filhos do meu patrão
B E
Em troca do que fiz só recebi ingratidão!
(coro)
B
Sempre chamei de senhor quem me tratou a chicote
E
Livrei o patrão de cobra, na hora de dar o bote
E A
Eu sempre fui a madeira e o patrão foi o serrote
B E
Sofri mais do que boi velho com canga no cangote!
(coro)
B
Da terra eu terei o ouro e o patrão fez o seu anel
E
Mas agora estou velho, e meu patrão mais cruel
E A
Esta me mandando embora vou viver de léu em léu,
B E
O que me resta é esperar a recompensa do céu!